segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Iron Maiden realiza show digno de final de Rock in Rio

Quando, ao final do Rock in Rio 2011, a organização do festival anunciou que gostaria de ter Iron Maiden entre as atrações do próximo evento, já imaginava que teria um motivo pra lá de especial para comprar o ingresso. A banda já havia tocado na primeira e terceira edição e seus shows tinham sido sensacionais. O do Rock in Rio 2013, entretanto, superou as expectativas. Organizado, coordenado e, claro, maravilhoso. E olha que é difícil uma apresentação ganhar todos os pontos positivos.

Minutos após o horário previsto para entrar, o cenário, os telões e a música anunciavam: era hora de Bruce Dickinson e cia reinarem absolutos. Começou com Moonchild, seguindo o setlist da turnê Maiden England, que recria o show de 1988 Seventh soon of a seventh son. Todos os integrantes a postos e era hora de disparar Can I play with madness e The prisioner. Para delírio do público, que se empurrava saudavelmente, Iron executou Two minutes of midnight.

De lá pra cá

Além da pirotecnica, do Eddie, das caveiras e de todos os efeitos, a maior característica do show da banda é a performance do vocalista Bruce. Não há algum lugar do palco pelo qual ele não passe, correndo, se mexendo, fazendo careta e sorrindo, afinal, o seu carisma é um dos principais triunfos. Houve momentos, inclusive, que dava a impressão que ele cairia ou escorregaria. Tudo bem, tudo era festa e permitido nesse dia.

Cerca de 40 minutos depois do show, a vestimenta do vocalista e as bandeiras anunciavam: era hora de The tropper, na qual o público foi agraciado com uma discreta chuva para ajudar a segurar a onda, já que, em seguida, todos pularam juntos para a sequência: The number of the beast, Phantom of the opera, Run to the hills, Wasted years e a música-título da turnê.

This is the fear

Com um show empolgante do início ao fim e constante, com muito respeito por parte dos fãs-não se viu bagunça, nem violência, é difícil apontar um momento alto. Claro que, por já saber que se aproximava do fim e por ser uma das mais famosas canções, Fear of the dark teve seu encanto. A música homônima da banda foi escolhida para encerrar. Antes do bis, algumas pessoas não aguentaram o calor, que havia voltado com tudo após a breve chuva, e se retiraram. Ponto para quem quis se aproximar da grade e ver os senhores do Iron Maiden bem de pertinho!

O bis veio com gosto de quero mais. Assim como vários momentos do show, o público gritava "Maiden, Maiden". E a banda, simpática, retribuiu com mais três hits: Aces High, The evil that men do e Running free. Na última, Bruce fez mais gracinhas e bebeu sua cerveja Tropper. Claro, depois cuspiu e sorriu. Todo o grupo se despediu e o baterista Nikco deu seu show particular, distribuindo baquetas e pratos. Final digno.

                

domingo, 22 de setembro de 2013

Como esperado, Metallica faz show espetacular no Rock in Rio 2013

Passava da meia noite na cidade do rock. Calor e pouco vento. Um monte de metaleiros amontoados aguardando o show mais esperado da noite. Pessoas comentavam: "Metallica não costuma atrasar. Daqui a alguns minutos começa. E, de acordo com o último setlist, será com Hit the lights". Passaram-se dez minutos e nada. O empurra-empurra continuava. De repente, um homem alto e careca anunciou: "Quando começar, vou abrir a roda!". Fãs, especialmente as escassas mulheres, ficaram espertos. Quem mandou ficar perto do palco e ainda no meio?

Enfim, contrariando as expectativas, houve um atraso de mais de meia hora - uma eternidade para a galera, que começou a vaiar nervosamente. O cansaço era evidente, afinal a maioria tinha encontrado seu lugar ao final do show do Sepultura e não tinha saído mais.

Liguem as luzes

Depois de um setlist programado estrategicamente para levantar o público, começou It's a long way to the top if you wanna rock n' roll, do AC/DC. Nesse momento, todos já sabiam que, finalmente, James, Lars e cia entrariam no palco. Nunca a execução de Ecstasy of the gold foi tão aclamada. Hits the lights começou rasgando e, em seguida, Master fez com que todo mundo liberasse a adrenalina da espera ansiosa pelo início do show. Nesse momento, o show adquiriu um tom um pouco incômodo com duas enormes rodas de hardcore na frente. Sim, o homem mencionado acima cumpriu sua promessa. Novamente: quem mandou ficar na frente e no meio?

A banda tocou hits que deixou para trás na edição de 2011 como Harvest of sorrow - onde o tímido Hammett  agita a galera com seu "Hey, hey..." -, The day that never comes - que realmente ninguém esperava, assim como Wherever a may roam - e And justice for all. Logicamente não faltaram as clássicas como One, cujos estrondos estavam super altos, pelo menos para quem ficou bem próximo ao palco como nós, além de Sad but true, Sanitarium, Nothing else matters e Enter sandman. 

Oh, yeah

James Hetfield e seu estiloso colete, novamente, destacou-se como um dos frontmen mais animados e adorados pelo público do Rock in rio. Ele soube ganhâ-lo em várias oportunidades, especialmente ao dizer "Oh, yeah" e "Rio" incansavelmente. Lars, notoriamente deixando o cabelo crescer dando graça à sua careca, também sabe o poder que tem junto aos metaleiros. Trujillo e sua linha do baixo como sempre arrebentaram em From whom the bells tolls e em várias outras. 

O bis do Metallica é sempre um momento ímpar. Deste vez escolheram Creeping death, um hit absoluto e com o qual abriam o festival anterior. Battery foi mais uma surpresa e, para fechar, Seek and Destroy com as já famosas bolas pretas do Death and Magnetic. Enfim, show sensacional exatamente como era esperado. 

                       

sábado, 21 de setembro de 2013

Bon Jovi distribui simpatia em show do Rock in Rio

Bon Jovi, uma das bandas mais esperadas desta edição do Rock in Rio, agradou em cheio os fãs que  se apertavam a todo custo para ocupar uma posição melhor para ver o simpático vocalista. Dos demais músicos, estava presente somente o tecladista David Bryan do grupo original, já que Tico Torres teve que ser levado às pressas para uma nova cirurgia e Sambora foi afastado há pouco tempo.

No início do show, o som estava bem mais baixo do que o da apresentação anterior do Nickleback, mas esse detalhe técnico foi se ajustando e a galera estremeceu a cada canção, seja antiga, seja nova. O público, composto igualmente por homens e mulheres, já estava com as músicas do novo álbum na ponta da língua. Tudo para agradar uma das bandas mais queridas de hard rock que existem.

Sorrisos

A simpatia de Jon Bon Jovi, já famosa em outras apresentações, foi o destaque do show no Rock in Rio. Ele sorriu 90% do tempo e, nos demais, fez pose de galã - afinal, ele sabe que é amado e admirado. Mesmo assim, fez questão de cativar o público, interagindo, conversando, dançando e, claro, mostrando seus belos dentes, que mais pareciam brilhantes. 

Em uma apresentação de mais de duas horas, o grupo reviveu sucessos absolutos, como Keep the faith, You give love a bad name, Bad medicine, It's my life, Have a nice day, Raise your hands, entre várias outras. Destaque para Runaway, introduzida por "This is a song that we made a long time ago". Das novas, o ponto alto foi Because we can, que agradou em cheio, juntamente com What about now.

Outro momento que merece destaque foi quando uma fã foi chamada ao palco, por portar um cartaz no qual falava que há quase 20 anos já tinha subido nesse local e queria repetir esse feito. A sortuda conseguiu e ainda recebeu selinhos do cantor-galã. Momento inveja de todas as milhares de mulheres presentes no show e, com certeza, as que assistiam ao show de casa.

Bis inesquecível

Após duas horas de show, Bon jovi apareceu para o bis, introduzido por Dead or alive, na qual o cantor com seu violão já estava com uma camisa sem manga e pôde mostrar suas famosas tatuagens. Em seguida, veio a alegre Have a nice day. Finalmente, para alegria dos fãs mais fervorosos, Jon cantou Prayer 94, quase que a capela, como introdução do hit mais famoso do grupo, Living on a prayer. 

Depois de dar tchau e deixar a galera gritando hipnotizada, o grupo voltou para atender o pedido de quase cem mil pessoas: a execução da belíssima balada Always. Choros e muita emoção neste inesquecível momento. 


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Rock in Rio 2013: hora de começar para valer

Quem gosta de rock quer ver rock. O resto é resto. Mais do que uma visão radical, é a mais pura verdade. Quinta-feira agora, finalmente, começam no Rock in Rio as atrações que os rockeiros tanto esperam. Sim, o público é totalmente diverso do que o que esteve no final de semana anterior - quase que totalmente dedicado ao pop. Vamos às diferenças:

Expectativa. Meses ou até anos antes de o festival começar, os rockeiros especulam o que a banda vai tocar. Investigam. Pesquisam. Sabem de cor e salteado o setlist. E ficam indignados se um ou outro hit falta. Entretanto, também sabem reconhecer se o presente vem em forma de uma canção antiga ou inesperada. Alguns fãs de pop podem ter esse perfil, mas, normalmente, resolvem ir a um show mais pela bagunça do que propriamente pela música. Normal, afinal no dia a dia são assim, já que se denominam ecléticos.

Paixão. Sentimento recorrente quando se fala de música em geral. Claro que cada ouvinte puxa para o seu lado. Mas, sem ser política, penso que o pop é legal, o público dança, se diverte e pronto. Já quem curte rock tem características particulares: ouve todo dia, quer saber mais sobre o artista, não só sobre o último disco lançado; ao contrário, corre atrás de tudo o que puder sugar sobre ele, compra discos antigos, coleciona DVDs, livros, etc. E mais: uma das grandes graças de gostar desse estilo é discutir, analisar, comparar músicas. Enfim, o rock exige dedicação.

Estilo. Acho engraçado quando leio que o festival terá agora um mar de camisetas pretas. Nossa! É o básico que se espera do público em um show de rock que se preze. É como se fosse um uniforme, diferentemente dos dias pop nos quais as cores e brilhos predominam. Que fique claro: acho bonito, mas obviamente não em um show de rock, onde, sim, preto se mistura às tachas, correntes, botas, couro e cia. Tudo bem, afinal, é "o" dia de usar isso.

Entrega. Cantores e bandas pop têm fãs, muitos fãs. Como disse anteriormente, são legais. Mas infinitamente não dá para comparar com os que adoram rock. A entrega desses é definitiva. Não interessa chuva, calor, tumulto... O importante é apreciar e participar do show. Sair de lá com a sensação de que foi o melhor da sua vida. Como fã de rock, sei que todos os três dias que vêm por aí serão inesquecíveis, especialmente pela entrega.

                                




domingo, 15 de setembro de 2013

Um brinde à adolescência com Offspring

Um passeio pelos anos 90 e início dos 2000, repleto de lembranças dos (bons) momentos vividos na adolescência. Esse foi o resumo da apresentação do The Offspring no Rock in Rio. Para delírio do público, o grupo, comandado por Dexter Holland e seu habitual cabelo oxigenado, encheu o início da noite do sábado, 14/09, de hits absolutos, como Come out and play, The kids aren't alright, Staring at the sun e Want you bad. Não era surpresa, pois a plateia já sabia que seria um revival de músicas que fizeram muito sucesso anos atrás. Isso foi demonstrado no coro conclamando a entrada da banda desde o final da apresentação do Tributo ao Raul Seixas. Muita gente, inclusive, perdeu de perto o show do Capital Inicial para garantir o lugar em frente ao palco secundário do festival.

Veja a execução de Come out and play:





Ao tocar as divertidas Pretty fly (for a white guy) e Why don't you get a job, que já embalaram muitas festas no início dos 2000, a banda confirmou que o resultado positivo de uma apresentação depende muito de agradar o que a galera quer ouvir. E os jovens senhores do Offspring foram espertos e souberam conduzir bem a uma hora reservada para o show no palco sunset.

Confira The kids aren't alright:



Falando nisso...

Desde que foi anunciada no Rock in Rio 2013 nesse palco, percebi que a banda norte-americana foi injustiçada.  Pela experiência e variedade de hits que, sem dúvida, fariam a alegria do público no segundo dia de festival, Offspring merecia se apresentar no palco mundo. Diria até que poderia ser a segunda ou terceira banda da noite. Particularmente, no lugar de Florence and the Machine, que, embora tenha presença, destoou das demais apresentações interessantes feitas por Capital Inicial, 30 Seconds of Mars e Muse - esta última, confesso, não conhecia bem e me surpreendeu pelo simpático show.



sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Rock in Rio 2013: sim, eu vou!

     
Primeiramente, deixo claro que, por ser um blog sobre rock, vou me ater às atrações do Rock in Rio que se enquadram nesse estilo. Nada contra as outras, sejam pop, sejam MPB ou até mesmo axé. Se foram escolhidas, respeito. Porque, sim, a palavra de ordem tem que ser respeito. Não é à toa que artistas dos referidos segmentos vão se apresentar - a organização tem suas estratégias e, ao longo de todas as edições, sempre as teve. E o resultado normalmente é grandioso. E outro ponto: toda edição tem os dias de rock mesmo; quem quer e gosta de rock, portanto, é só ir nesses e não perder o precioso tempo reclamando das demais atrações. E pronto.

Voltando às apresentações de rock do festival que motivaram a compra de três ingressos. Sim, três são os dias suficientes, escolhidos a dedo (Está bem, confesso que, se fosse possível, gostaria de ver The Boss Springsteen...). Estou animada com tudo o que vou ver e ouvir. Curiosa. Quero perceber todos os detalhes. Aproveitar cada segundo. Mal vejo a hora mesmo. Enfim, os três dias que vão contar com a minha presença (e de amigos) na semana que vem serão estes:

Quinta-feira, 19/09

Sim, quase todas as expectativas estão em volta do Metallica, banda cujo show pude apreciar no RIR 2011. Quando é bom, vale a pena ver de novo, e de novo... Espero, particularmente, que, neste ano, The Unforgiven, Harvest of sorrow, The day that never comes, Hit the lights, Whiskey in the jar, entre várias outras músicas top, não faltem. Ah! E se tocar Orion novamente será delírio again. Também acredito que Alice in chains vai fazer um belo show. Já Ghost B.C, apontada como a revelação da vez (em uma clara alusão ao Slipknot de 2011), deve fazer um show no mínimo diferente. Curiosidade mode on.

Chegar ao Palco Sunset é um desafio - afinal não queremos perder o "ponto" na hora do Metallica, mas este ano o espaço vale a pena pelo Sebastian Bach, cujo show já tive a oportunidade de ver quando ele abriu a apresentação do Guns n' Roses em 2011. Estarei lá, "Tião". Os outros artistas, particularmente, não me empolgam muito. Claro que à primeira vista. Pode ser que me surpreenda positivamente (espero).

Sexta-feira, 20/09

Confesso: Bon Jovi é a banda que mais está mexendo comigo este ano. Como fã antiga (gosto desde os sete anos) e amante de hard rock, sei que será inevitável conter a emoção. Conheço todas as músicas. Adoro o estilo do Jon, não só pela beleza, mas também pelo carisma, e sua energia, sem dúvida, vai contagiar toda a plateia, logicamente quase toda composta por mulheres. Minha aposta é que será um dos melhores do Rock in Rio 2013. Agora, tenho que admitir: esse dia, na minha opinião, vale só por essa banda. As outras, embora com sucessos água com açucar famosinhos, não me empolgam. Bom que enquanto elas tocam dá para descansar e guardar (toda) a empolgação para Bon Jovi. Talvez veja o Frejat, que, simpático, deve repetir o bom show da edição anterior.

Domingo, 22/09

Participar do último dia do Rock in Rio já virou hábito (embora o show do Guns de 2011 tenha tido uma enxurrada de críticas, adorei e não me arrependo de ter estado lá). Não é novidade que o Iron Maiden fará "o" show. Bruce Dickinson e cia são amados pelo público brasileiro e vou adorar marcar presença na apresentação deles. Slayer não é lá das minhas preferidas, mas respeito. Tenho curiosidade para ver o que Kiara Rocks vai aprontar para ganhar o público. Avenged Sevenfold, queridinho do rock atual, deve ser interessante. Novamente: assim espero.