domingo, 22 de setembro de 2013

Como esperado, Metallica faz show espetacular no Rock in Rio 2013

Passava da meia noite na cidade do rock. Calor e pouco vento. Um monte de metaleiros amontoados aguardando o show mais esperado da noite. Pessoas comentavam: "Metallica não costuma atrasar. Daqui a alguns minutos começa. E, de acordo com o último setlist, será com Hit the lights". Passaram-se dez minutos e nada. O empurra-empurra continuava. De repente, um homem alto e careca anunciou: "Quando começar, vou abrir a roda!". Fãs, especialmente as escassas mulheres, ficaram espertos. Quem mandou ficar perto do palco e ainda no meio?

Enfim, contrariando as expectativas, houve um atraso de mais de meia hora - uma eternidade para a galera, que começou a vaiar nervosamente. O cansaço era evidente, afinal a maioria tinha encontrado seu lugar ao final do show do Sepultura e não tinha saído mais.

Liguem as luzes

Depois de um setlist programado estrategicamente para levantar o público, começou It's a long way to the top if you wanna rock n' roll, do AC/DC. Nesse momento, todos já sabiam que, finalmente, James, Lars e cia entrariam no palco. Nunca a execução de Ecstasy of the gold foi tão aclamada. Hits the lights começou rasgando e, em seguida, Master fez com que todo mundo liberasse a adrenalina da espera ansiosa pelo início do show. Nesse momento, o show adquiriu um tom um pouco incômodo com duas enormes rodas de hardcore na frente. Sim, o homem mencionado acima cumpriu sua promessa. Novamente: quem mandou ficar na frente e no meio?

A banda tocou hits que deixou para trás na edição de 2011 como Harvest of sorrow - onde o tímido Hammett  agita a galera com seu "Hey, hey..." -, The day that never comes - que realmente ninguém esperava, assim como Wherever a may roam - e And justice for all. Logicamente não faltaram as clássicas como One, cujos estrondos estavam super altos, pelo menos para quem ficou bem próximo ao palco como nós, além de Sad but true, Sanitarium, Nothing else matters e Enter sandman. 

Oh, yeah

James Hetfield e seu estiloso colete, novamente, destacou-se como um dos frontmen mais animados e adorados pelo público do Rock in rio. Ele soube ganhâ-lo em várias oportunidades, especialmente ao dizer "Oh, yeah" e "Rio" incansavelmente. Lars, notoriamente deixando o cabelo crescer dando graça à sua careca, também sabe o poder que tem junto aos metaleiros. Trujillo e sua linha do baixo como sempre arrebentaram em From whom the bells tolls e em várias outras. 

O bis do Metallica é sempre um momento ímpar. Deste vez escolheram Creeping death, um hit absoluto e com o qual abriam o festival anterior. Battery foi mais uma surpresa e, para fechar, Seek and Destroy com as já famosas bolas pretas do Death and Magnetic. Enfim, show sensacional exatamente como era esperado. 

                       

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